AA Juventude

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O Treinador e sua Liderança em equipe

O treinador deve ter algumas qualidades básicas que permitam a sua atuação com maior probabilidade de sucesso, as principais qualidades que podem contribuir para seu êxito são: Conhecimento, Comunicação e Disciplina (BECKER JR., 2000). Leal (2001) destaca inúmeras outras qualidades, como: amor, capacidade pedagógica, caráter, carisma, compreensão, confiança, criatividade, estabilidade emocional, motivação, persistência, respeito, responsabilidade, versatilidade, entre outras.

Jackson e Delehanty (1997), coloca que a luta que todo treinador enfrenta é fazer que os membros da equipe, que em geral buscam a glória individual, entreguem-se inteiramente ao esforço grupal. Técnicos são líderes que buscam assegurar a cada participante oportunidades máximas de alcançar o sucesso e líderes bem sucedidos também tentam assegurar que o sucesso individual ajude a alcançar o sucesso da equipe (GOULD e WEINBERG, 2001).

O treinador é o líder, e para tanto deverá ser condutor e articulador das relações entre os atletas de sua equipe. Ser líder é saber lidar com as diferenças no grupo e não tornar todos iguais (FRANCO, 2000). Barrow (1997), citado por Gould e Weinberg (2001), afirma que a liderança poderia ser considerada de forma genérica como sendo o processo comportamental de influenciar indivíduos e grupos na direção de metas estabelecidas. O técnico deve manter equilíbrio e energia no conjunto de suas ações e ter a habilidade necessária para corrigir e criticar seus jogadores (CARRAVETTA, 2006).

Salmela apud Becker Jr (2002), sugere alguns fatores necessários a um treinador para que atinja o alto nível no seu trabalho: Envolvimento precoce no esporte; Aprendizagem através de mentores; Carreira precoce como treinador; Outras fontes de conhecimento; Construção da equipe; Manejo nos treinos e competições e Trabalho duro. Técnicos que são bons líderes fornecem não apenas uma visão daquilo que se luta, mas também a estrutura, a motivação e o apoio do dia a dia para transformar a visão em realidade. Um líder sabe para onde o grupo ou a equipe está indo (sua metas e objetivos) e fornece a direção e os recursos para chegar lá (GOULD e WEINBERG, 2001).

A condição de liderança está relacionada com o processo de interação entre as pessoas as quais se apresentam com responsabilidades e metas a serem atingidas dentro de uma determinada tarefa. O fenômeno da liderança mostra algumas funções como: otimização dos processos de interação, organização do grupo para que seja eficaz a solução da tarefa e condução do grupo para os objetivos planejados (SAMULSKI, 1995).

A eficácia de uma boa comunicação depende da construção de uma relação de mútuo respeito entre treinador, os atletas, a comissão técnica, os diretores, as federações, a imprensa, os árbitros, a torcida e até os adversários. Onde houver alguma comunicação inadequada, entre o treinador e estas pessoas ou entidades, poderão iniciar um conflito que gerará, através, também da comunicação um núcleo de resistência e de combate sua figura e seu trabalho (BECKER JR., 2002).

Voser (2005) coloca que o líder deve também estar ciente de que o grau de motivação e envolvimento das pessoas em processos de trabalho conjunto depende, em essência de alguns fatores: Informação; Valorização da Tarefa; Constância Participativa; Apoio; Feedback; Reconhecimento; Liberdade de Expressão. A observação dos 7 pontos assinalados podem ajudar de forma decisiva na tarefa de liderar grupos de trabalho, além de facilitar o treinador ou supervisor em intervir nos possíveis desgastes que poderão ocorrer no convívio da equipe de trabalho.

Para avaliar e medir os comportamentos de liderança, incluindo as preferências dos atletas por comportamentos específicos, as percepções dos atletas dos comportamentos dos seus técnicos e as percepções dos técnicos de seu próprio comportamento, Chelledurai e Saleh (1980) criaram um instrumento chamado Leadership Scale for Sport – LLS. Segundo este instrumento pode-se verificar:

- Conduta Educativa: Conduta do treinador dirigida a melhorar a execução dos desportistas por meio da insistência e facilitação do treinamento exigente e duro, instruindo-lhes nas técnicas e táticas do esporte, clareando as relações entre os componentes da equipe, estruturando e combinando as relações dos mesmos.

- Conduta Democrática: Conduta do treinador que concede grande participação dos desportistas nas decisões concernentes as metas do grupo, os métodos práticos, as práticas e as estratégias de jogo.

- Conduta Autocrática: Conduta do treinador que inclui independência nas tomadas de decisões e enfatiza a autoridade pessoal.

- Conduta de Apoio Social: Conduta do treinador caracterizada por uma preocupação individual pelos seus desportistas, pelo seu bem estar, por um ambiente positivo para o grupo e pelas relações afetuosas com os componentes do mesmo.

- Conduta de Feedback Positivo: Conduta do treinador que inclui a aplicação de reforços a um desportista como um reconhecimento e recompensa por uma boa atuação.

Por www.futsalbrasil.com.br

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